sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Obrigado, Stevie.



     Obrigado, Stevie.

     Por cada uma das 17 temporadas em que você vestiu o manto vermelho.

     Cada um de seus 180 gols.

     Pelos incontáveis títulos que você ajudou tanto a conquistar.

     Aliás, sobre os títulos....

     Obrigado pelo gol salvador contra o Olympiacos na Champions League de 2005. “To Gerraaaaaarrrd ohhh ya beautyy!! What a hit, son! What a hit!”

     Pelo milagre de Istambul, onde lembramos o mundo do tamanho deste clube e de sua torcida.

     Pelo golaço no último minuto em Wembley, na final da FA Cup em 2006. E que golaço...

     Por todas as alegrias que você deu ao povo de Liverpool e seus torcedores ao redor do mundo.

     Por ter recusado os maiores e mais poderosos times do mundo para continuar no seu clube de coração.

     Pelos beijos na câmera no Old Trafford.
     
     Por todas as vezes que você calou o Goodison Park.
    
     Por todos os gols, assistências, passes maravilhosos, comemorações em frente ao Kop e batidas no peito mostrando o nosso escudo.

     Mas além de tudo, obrigado por ter nos dado a oportunidade de testemunhar seu futebol. Hoje, somos sortudos e muito felizes em dizer que vivemos  para ver Steven Gerrard jogar.

     Pois ao final dessa temporada, você entrará de vez  para o hall de lendas de Anfield Road. 

     Bill Shankly, Kenny Dalglish, Bob Paisley, Ian Rush, Steve Heighway, Jamie Carragher... e agora Steven Gerrard. 

     Obrigado... por tudo. O Liverpool Football Club não será o mesmo sem você.
     
     Para você, o nosso mais sincero e fiel You’ll Never Walk Alone.

     We’ll miss you. 
     
 
                                Bruno Tilhe, Matheus Santos Medeiros, e todos os torcedores do Liverpool FC
                                                                                                                                                 02/01/2015 
     
     



quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Curtinhas: Coisas que a razão não explica


     
     Começo essa crônica - se é que podemos chamar assim – dizendo que isso será um desabafo. Estatísticas, números e recordes estão fora. Aqui, um fanático torcedor do Liverpool indignado, e só.

     Pois bem.

     Ninguém aqui trabalha com psicografia, ou algo do tipo. Mas eu juro, do fundo do meu coração que eu queria fazer isso pelo menos por algumas horas hoje, dia nove de Dezembro de 2014. 

     Queria, pois gostaria de entender o que se passa na brilhante mente de um treinador que escala um time da maneira que o Brendan Rodgers escalou o Liverpool hoje. O nosso preview de ontem quase cravou a equipe titular, salvo um ou dois enganos. Era previsível-  claro que era - mas eu não queria acreditar.

     O Liverpool precisava do resultado, logo, precisava ser ofensivo. E o que o treinador faz? Deixa Coutinho, Lallana, Can e Moreno no banco. O resultado era óbvio: um time sem criatividade, lento e dependente de um milagre de Gerrard ou Sterling (que não aconteceria nem em mil anos). Se quiserem conferir, vejam no nosso perfil no twitter: assim que saiu a escalação eu disse como seria o jogo. Primeiro tempo lento, horroroso e sem nenhuma criação. Não precisava ser gênio pra ver que tudo daria errado.

     Por isso, por ter ficado apático durante todo o primeiro tempo e por outros mil motivos, a minha paciência com o Brendan Rodgers acabou. Procurei defendê-lo o máximo que pude, mas basta. Mostrou que além de não conseguir trabalhar com um elenco inferior ao da temporada passada, insiste em uma formação tática que todos, incluindo Paisley e Shankly (God bless them), sabem que não dá certo.

     Ah, e por gostar do Allen também. Vai embora do meu time, Allen. Pra sempre. Você me dá nojo.

     Dito isso, passemos à segunda metade do segundo tempo. 

     Na falta que originou o gol, tinha a certeza absoluta que o nosso Captain Fantastic iria marcar. Era o jogo dele, daqueles golaços com assinatura de Steven Gerrard. Que cobrança, meus amigos. Que cobrança maravilhosa. Dói muito saber que um jogador magistral como ele talvez nunca ganhará uma Premier League. O futebol é muito injusto.

     Não ficarei aqui lamentando e dizendo que merecemos a vitória, porque não merecemos. Ou melhor, o Brendan não merecia. Também não vou culpar um ou outro jogador por não ter marcado o gol da vitória, ou por ter desperdiçado uma grande chance. Não era a nossa noite. Talvez fosse a noite de Lallana, ou até do Can, mas nunca saberemos.

     Agora nos resta a Europa League, que seria um prêmio de consolação de luxo após esse vexame da Champions League. Queria estar confiante com relação a esta, mas não consigo. Depois de apenas uma vitória na Champions, não duvido da vergonha que a Europa League pode se tornar.

     Tenho apenas uma certeza: nós estaremos aqui sempre com o Liverpool. Os jogadores, treinadores e comissões técnicas passarão, mas os torcedores são eternos. Como disse uma vez um torcedor num comentário que vi no youtube: “A dor da perda é enorme; quase um milésimo do meu amor por você.”

     We love you Liverpool, we do!

                                                                                                                              Bruno Tilhe
                                                                                                                                                 (09/12/2014)

     

      

     


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Match Preview: Liverpool FC x Basel




Match Preview – Liverpool FC x Basel
Anfield Road – Liverpool, UK
09/12/2014 – 17h45 (horário de Brasília)

     Haja coração, amigos! Após cinco rodadas, o Liverpool precisa de uma vitória em casa contra o Basel para se classificar para a fase de mata-mata da Champions League. Com Real Madrid já classificado e o Ludogorets eliminado, o time comandado por Brendan Rodgers não pode nem pensar em perder ou empatar: em ambos os casos, o time suíço é o que se classifica.

     Os scousers precisam fazer jus à fama das atmosferas de Anfield em noites de Champions League. Nos últimos jogos, o que vimos foi uma torcida calada e apática, assim como o time, por sinal. 

     Fatos importantes:

     - A equipe Red terá o retorno do capitão Steven Gerrard ao time titular, após ter descansado no final de semana. 
     - Borini, que nem foi relacionado contra o Sunderland, é cotado para servir como opção para Rodgers.
     - Sakho, apesar de já treinar com o time, ainda se recupera de lesão e ainda desfalca os Reds.

     Estatísticas (in)úteis:

     - O Liverpool nunca ganhou do Basel em competições internacionais. Ai meu Deus.
     - Os Reds ganharam seis das últimas onze partidas contra times suíços, e nunca perdeu para estes jogando em Anfield.
     - Todos os gols marcados pelo Liverpool nesta Champions League foram contra o Ludogorets. Contra Real e Basel, zerinho.

     Key Players:

     O Liverpool precisa marcar gols. E mais importante: não pode levar nenhum. Para bater o Basel, Sterling e Lambert devem estar em sintonia, coisa que não vem acontecendo muito ultimamente. 
     O setor defensivo deve ser sólido e seguro, com Skrtel, Touré e Mignolet segurando a barra lá atrás. Algo que vimos muito essa temporada foi o Johnson abrindo sua avenida em todos os ataques adversários, olho nele!
     
     Provável escalação:

     Mignolet; Johnson, Touré, Skrtel, Enrique; Lucas Leiva, Allen; Henderson, Gerrard, Sterling; Lambert.

     É  tudo ou nada! Hora de mostrar pro mundo que essa camisa vermelha pesa em horas decisivas.

     Come on, Reds!!!

                                                                                                                     Bruno Tilhe
                                                                                                (09/12/2014)
                                                                                            

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Match Preview - Leicester City x Liverpool FC

                                               
Match Preview: Leicester City x Liverpool 
King Power Stadium – Leicester 
02/12/2014 – 17h45 (horário de Brasília)

     O time de Brendan Rodgers vai a campo nesta terça feira buscando uma vitória fora de casa em cima do recém-chegado Leicester. Os Reds querem manter o embalo após a vitória contra o Stoke City, no sábado. Já os Foxes procuram sua primeira vitória em oito jogos.

     O retrospecto não é favorável ao Liverpool: nos últimos 6 encontros entre os clubes pela Barclays Premier League, apenas uma vitória para o time da terra dos Beatles. 

     Fatos importantes:

- Nos últimos 10 jogos fora de casa, o Liverpool conseguiu apenas um clean sheet.

- Os Foxes não passam três jogos em casa sem marcar gol desde Março de 2008.

- Nenhum time da BPL possui um artilheiro com menos gols que o Liverpool (Raheem Sterling, com 3 gols).

     Keys for the game:

     Com Balotelli e Sturridge ainda sem condições de jogo, Sterling e Lambert têm novamente a dura missão de comandar o ataque dos Reds. O time conta com a provável volta de Steven Gerrard, que ficou no banco até o segundo tempo contra o Stoke. Podemos ver também mais uma aparição de Lucas, que apesar de demonstrar cansaço em alguns momentos do jogo de sábado, vem desempenhando um bom papel defensivo. O time também deve iniciar sem Coutinho, e a escalação de Joe Allen não seria uma surpresa. Risos. 
     Uma novidade que particularmente me agradaria seria ver Can e Coutinho jogando juntos, coisa que não vimos muito nessa temporada. Com Borini na frente, daria outro ritmo ao time.

     Provável escalação:

     Brendan Rodgers deve escalar o time com Mignolet; Johnson, Skrtel, Touré, Enrique; Lucas, Allen; Henderson, Gerrard, Sterling; Lambert.

     Come on, Reds!!

Cheers!

Bruno Tilhe
02/12/2014

sábado, 25 de outubro de 2014

Curtinhas: O Liverpool e Mario Balotelli






        

    
     Começo esse desabafo dizendo que eu odeio o Balotelli. Agora podemos começar.      
     Ele chegou como o salvador da pátria e não está sendo.

     Seja qual for a sua opinião sobre o italiano, sua habilidade é inegável. Ele peca pelo preciosismo, querendo só fazer golaços, jogando sozinho.

     Mas o que vimos hoje na entrada de Anfield foi algo que nem daqui a quarenta anos eu vou entender. 

     A Paddy Power, empresa irlandesa de apostas, montou um estande onde o torcedor que havia comprado uma camisa com o nome do Balotelli poderia trocá-la por uma de um ídolo do Liverpool, como Rush ou Fowler.
     
     Vamos lá.

     Quem acompanha a Premier League conhece o caráter e o profissionalismo do jornalismo esportivo inglês (notem a ironia). Também conhece os torcedores britânicos, que se deixam levar por manchetes de tablóides e comentaristas tendenciosos, além de serem, desculpem o termo, chatos pra cacete.

     Em tempo: na Inglaterra, o ato de trocar camisas com o adversário não é muito bem visto pelos torcedores. Balotelli já deveria saber, vacilou ao fazer isso durante a semana na Champions League.

     Hoje, um mix disso tudo resultou num dos maiores atos de desrespeito que já vi no futebol. 

     Não querem mais o cara? Sem problema algum.
   
     Mas a partir de hoje, o torcedor do Liverpool perdeu o direito de reclamar do italiano. 

     Apesar de não gostar do Balotelli, torço para que cale a boca de muita gente.

     Cheers!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

E teve Copa



    
     Há aproximadamente um ano, "imagina na Copa" era o termo que mais saía da boca de certas pessoas que se julgavam mais cidadãs que o resto do Brasil, simplesmente por baterem o pé e dizerem que uma Copa do Mundo no Brasil era um absurdo. Deixa eu aproveitar para frisar algo importante logo de cara: um país com tanta desigualdade social, com sistemas de saúde e educação ruins etc etc etc tem muito mais coisas para se preocupar do que ser eleito para sediar uma Copa do Mundo. Dito isso, vamos parar com a hipocrisia: a decisão estava tomada desde 2007. O movimento anti-Copa começou a ganhar intensidade em 2013. É, demoraram um pouco né?

     Um ano se passou, e nós enchemos o peito para dizer: sim, teve Copa! E mais, teve provavelmente a maior Copa de todos os tempos! E não é porque foi no nosso país: jogos empolgantes desde a primeira fase, povo hospitaleiro, estádios prontos, principais craques brilhando em suas seleções, e por aí vai. Não sei ao certo como foi na África do Sul no sentido de infraestrutura, mas certamente ganhamos com sobras no quesito qualidade dos jogos. Em 2010, vimos provavelmente a final de Copa do Mundo mais patética de todas. Este ano, vimos uma das mais espetaculares.

     Não falarei de Seleção Brasileira porque sofremos a maior vergonha de nossa história, e tenho que fazer um texto sem emoções.. ou pelo menos tentar. Fica pra próxima. Em 2018, voltaremos mais fortes. Tenho absoluta certeza disso.

     Agora let's talk about the English Team. 

     Sejamos realistas: um país que produz, em uma mesma geração: Beckham, Owen, Gerrard, Lampard, entre outros, tem que fazer muito esforço para não alcançar pelo menos uma semifinal de Copa do Mundo. Parece impossível, mas os caras conseguiram. E vale lembrar que, se não fosse por um gol milagroso de David Beckham de falta e no último minuto, os ingleses não iriam nem dar uma volta na Coréia e no Japão em 2002.   
      
     Seja com Eriksson, Capello ou Hodgson, o país que tem para muitos o melhor campeonato de clubes do mundo simplesmente não funciona na Copa do Mundo. Logo em dezembro de 2013, quando os grupos foram definidos, minha esperança de título inglês reduziu de pouca para nenhuma. Pessoalmente, achava impossível a classificação da Inglaterra para a fase de mata-mata. Com Itália, Costa Rica e Uruguai, eu apenas torcia para que a humilhação não fosse maior que a de 2010. E foi.
      
     Na Copa da África do Sul, caímos num grupo com Estados Unidos, Argélia e Eslovênia -  com direito a empate contra a seleção africana (!!!). Aos trancos e barrancos, num jeitinho quase brasileiro, a Inglaterra se classificou em segundo lugar, com apenas um ponto de vantagem sobre a Eslovênia, terceira colocada. Era o desastre anunciado. Francamente, era melhor ter ficado na fase de grupos. Nas oitavas, nada mais nada menos do que a Alemanha nos esperava. E não vamos ficar de chororô dizendo que a bola do Lampard entrou, porque aquele jogo foi uma aula de jogar futebol dada pelo Professor Löw, que não tem medo de limpar o salão diante dos olhos do mundo inteiro, if you know what I mean.
     
      Pois bem, em 2014 a equipe inglesa voltou para a Europa sem nem saber como é ganhar um jogo em território brasileiro. O jogo contra a Itália foi muito bom, diga-se de passagem. Contra o Uruguai, provamos do próprio veneno. Nós, kopites, sentimos na pele o que os torcedores adversários sentem toda vez que Luisito Suárez toca na bola (We love you Suarez, please come back! *choro eterno*). E contra a Costa Rica? ZzzzzzzzZZZzzzzzz. 
      
      Talvez nunca saberemos se houveram brigas internas na FA ou nos elencos das últimas copas, mas o certo é que, assim como o torcedor brasileiro, o inglês não anda muito contente com sua seleção.

"Hi, my name is John! I'm 10 years old and I have never seen the English Team win the World Cup.
Hello, I'm Pete! I'm 22 years old and I have never seen the English Team win the World Cup.
Hey, I'm George. I'm 40 years old and I have never seen the English Team win the World Cup.
ENGLAND, PLAY FOR ME!"

     Perdão, foi mais forte que eu. Risos.

     No final das contas, a Copa do Mundo tão contestada até pela mídia internacional, foi um Sucesso. Isso, com letra maiúscula. Mostramos ao mundo que conseguimos, com todos os problemas de nosso país, sediar um grande evento e encantar jogadores e os torcedores gringos que aqui estiveram.

     Parabéns à Alemanha pelo tetracampeonato.

     Parabéns a todos os operários, voluntários e a tantas pessoas que trabalham por trás das câmeras, que tornaram nosso sonho realidade.

     E parabéns a todos nós, torcedores. Como disse anteriormente, em 2018 voltaremos mais fortes.

     Até mais, Copa. Foi excelente enquanto durou.

     E que comece a Premier League e a Champions, porque sofrer pelo Liverpool também faz falta.

     Cheers!  
Bruno Tilhe - 13/07/2014